Anteontem foi feriado municipal em São Paulo, aniversário da cidade. E basta qualquer feriado para encher, ainda mais, os aeroportos. Mesmo sendo um dos transportes mais seguros que existe no mundo (1 acidente fatal para cada 1,2 milhão de voos), 2010 foi o ano com mais acidentes da última década, com 28 acidentes no mundo (2009, fechou com 22% menos ocorrências).
A guerra das companhias aéreas por tarifas mais acessíveis, faz com seja vendido mais passagens do que um avião comporta (o chamado overbooking), os voos sejam mais numerosos e as aeronaves recebam menos manutenção. É impossível não aumentar o risco de acidentes com este cenário. Entenda como é distribuindo o dinheiro que você investe em uma passagem aérea:
# Aeronaves | O maior avião de passageiros do mundo, o Airbus A-380, comporta 853 passageiros e as companhias aéreas podem comprar um pela bagatela de US$ 340 milhões. No Brasil, as aeronaves mais comuns custam cerca de US$ 80 milhões (Boeing 737 e Airbus A-320).
# Combustível | O consumo varia, o custo também. Mas para ir de São Paulo a Nova York num Boeing 747, se gasta 12 litros de querosene de aviação por quilômetro voado, um gasto de mais de R$ 150 mil (relembrando: em um único trecho).
# Funcionários | O mercado de aviação gera cerca de 30 milhões de empregos diretos e indiretos no mundo. São mais de 17 mil pilotos. No Brasil, um piloto ganha entre R$ 5 e 8 mil, mas profissionais muito experientes podem ganhar cerca de R$ 20 mil. A média nos outros países é muito – muito – maior.
# Manutenção | A maioria das empresas de aviação do mundo possui equipe própria especializada na manutenção de suas aeronaves (some salários altíssimos destes especialistas), esta medida garante ter controle de cada ‘problema’ e conserto, e a possível troca de uma das mais de 24 mil peças que compõe um Boing 737. Mesmo não tendo descoberto o investimento neste item, imagine o custo de troca de cada uma dessas ‘pecinhas’?
Compreendido esse investimento todo, a partir de hoje só viajo com bilhetes caros. ;D
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